29 de fevereiro de 2016

O lucro líquido da Elecnor cresceu 12,2% em 2015, para 65,7 milhões de euros

As vendas totalizaram 1,881 bilhões, mais 9,1%, dos quais 55% tiveram origem no mercado internacionalA dívida financeira líquida corporativa foi de 280 milhões de euros, inferior aos 348 do exercício anterior, representando uma redução de 19,5%

Madri, 29 de fevereiro de 2015.- A Elecnor obteve em 2015 um lucro líquido consolidado de 65,7 milhões de euros, representando um aumento de 12,2% face aos 58,5 milhões de 2014. 

Os principais fatores que incidem na favorável evolução do resultado consolidado de 2015 relativamente ao alcançado no exercício passado são:

  • A contribuição positiva de boa parte das sociedades do Grupo que operam nos mercados exteriores. 
  • O resultado induzido pela exportação dos dois satélites de observação da terra do Grupo, Deimos-1 e Deimos-2, como parte da parceria estratégica acordada no passado mês de junho com o Grupo canadense UrtheCast.
  • O bom comportamento do mercado espanhol, tanto em volume de negócio como em rentabilidade.
  • Os bons dados de produção de energia dos parques eólicos que o Grupo gerencia na Espanha ajudado pelos preços alcançados no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL).

Este crescimento no BDI foi conseguido apesar de o Grupo ter atribuído apenas 51% do resultado gerado pelo seu negócio de redes de transmissão no Brasil e no Chile e o negócio eólico canadense após os convênios alcançados na segunda parte do exercício 2014 para a entrada de parceiros estratégicos nestes negócios, enquanto no ano anterior atribuía 100%. Também foi possível, apesar dos custos de implantação em países em que o Grupo começou as suas operações nos últimos exercícios, especialmente nos Estados Unidos. Está previsto que ambos os fatores, parcerias estratégicas com parceiros e custos de implantação em mercados prioritários, produzam resultados positivos a médio prazo.

Paralelamente, o Grupo continuou aprofundando as políticas de contenção e controle de gastos em que, de forma recorrente e especialmente na conjuntura atual, todas as sociedades do Grupo têm trabalhado. Isso contribuiu também para atenuar os efeitos dos fatores descritos anteriormente. Neste contexto, o Grupo realizou um esforço notável para acomodar os recursos utilizados na atividade ao atual cenário econômico. 

Vendas 

O volume de vendas consolidado do exercício 2015 ascendeu a 1,881 bilhões de euros, representando um avanço de 9,1% em relação ao registrado em 2014. Este valor é explicado por:

  • O bom comportamento das sociedades do Grupo que operam nos mercados exteriores, especialmente na Austrália, devido à execução de um importante projeto fotovoltaico para Moree Solar Farm; à execução de um dos segmentos do Gasoduto Sul Peruano, assim como o volume alcançado pela sociedade escocesa IQA e a sociedade estadunidense Hawkeye.
  • O volume de negócio da sucursal da Elecnor na Jordânia, consequência do projeto de construção de um parque eólico.
  • O elevado valor de produção de energia dos parques eólicos na Espanha ajudado pelos preços alcançados no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL).
  • A evolução favorável do negócio tradicional de infraestruturas do Grupo no mercado espanhol.

Em relação à distribuição do volume de negócios por áreas geográficas, o mercado internacional representa 54,7% do total e o espanhol 45,3%
 

Carteira

No encerramento de 2015, a carteira de contratos pendente de executar era de 2,502 bilhões de euros, mais 3,5% do que no final de 2014. Por mercados, a de origem internacional foi de 2,095 bilhões (84% do total), após crescer 5,9%, enquanto a contabilizada no mercado espanhol era de 407 milhões de euros, ou seja, 16% da carteira total.

Dívida financeira líquida

O exercício 2015 foi encerrado com uma dívida financeira líquida corporativa de 280 milhões de euros, inferior aos 348 milhões do exercício anterior, representando uma redução de 19,5%. Por seu lado, o rácio de Dívida Financeira Líquida/EBITDA do Grupo Restringido foi de 2,20, muito abaixo dos limites que estipulam os convênios financeiros.

Principais operações corporativas

A Elecnor, por meio da sua divisão tecnológica, Elecnor Deimos, realizou a 23 de junho do ano passado uma parceria estratégica com a empresa canadense UrtheCast para projetos conjuntos no setor aeroespacial. A operação incluía a venda à UrtheCast dos dois satélites de observação da Terra da Elecnor, Deimos-1 e Deimos-2, assim como outra série de acordos acessórios. 

Por sua vez, a Elecnor Deimos e UrtheCast acordaram trabalhar de modo conjunto em oportunidades de interesse comum. Deste modo, a Elecnor se tornou parceiro estratégico da UrtheCast no programa “Constellation”, cujo objetivo consiste em desenvolver a primeira constelação completamente integrada de satélites de observação da Terra óticos e de radar. Em concreto, a empresa espanhola colaborará nas áreas de controle de missão, estações terrenas para comandar e receber dados, análise de missão e dinâmica de voo, assim como na integração da pay load dos satélites radar na sala limpa do Centro de Integração e Operações de Satélites da Elecnor em Puertollano (Ciudad Real).

Posteriormente, a 15 de julho, foi alcançado a conclusão efetiva da operação de venda dos satélites por um montante conjunto final de 76,4 milhões de euros.

Passando para outro assunto e com a melhoria dos mercados financeiros propiciada pela atual situação de baixas taxas de juros, foi assinado em 2 de julho um contrato de novação para modificar algumas condições do financiamento sindicado que, no valor de 600 milhões de euros, encerrou em julho de 2014 com 19 instituições financeiras, tanto espanholas como internacionais.

Esta novação implicou alargar o vencimento em um ano, até julho de 2020, e melhorar as condições de margens acordadas para este financiamento originalmente. Implicou, além disso, manter o limite em 600 milhões de euros, repartidos em duas tranches: uma tranche do empréstimo por trezentos milhões de euros e uma tranche em linha de crédito revolving pelo mesmo montante.

A operação foi liderada pelo Banco Santander como Sole Bookrunner, Coordenador e Agente. Na qualidade de MLAs, além do Santander, participam Bankia, Caixabank, Banco Sabadell, Kutxabank, Credit Agricole, BBVA e Barclays.

Por fim, ao longo do exercício 2015 foi alcançado um acordo com os bancos financiadores dos "project financing" quanto às duas centrais termossolares localizadas em Alcázar de San Juan (Ciudad Real) nas quais o Grupo Elecnor participa para adaptar o financiamento à nova realidade da indústria renovável na Espanha, afetada pelas alterações reguladoras. Concretamente, estas novas condições de financiamento incluem uma extensão do prazo de reembolso do empréstimo assim como uma redução no spread de juros.

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